A ida ao Congresso dos Estudantes Unesp-Fatec contou com 12 estudantes, dentre eles 7 "delegados", do campus de Presidente Prudente. Devido a ausência de alguns campus que, pela falta de apoio da reitoria, não puderam comparecer, o Congresso foi adiado para uma data a ser marcada brevemente. No entanto foi realizado uma plenária aberta, onde estavam presentes, além de Prudente, alunos dos campus de Bauru, Botucatu, Rio Claro, Rosana, Marília, Ourinhos e Franca. Os temas discutidos foram:
- Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Movimento Estudantil (ME) e da Assembléia Nacional dos Estudantes-Livre (ANEL).
- Repressão
- O Projeto de Universidade Vigente
- Permanência Estudantil
- A Precarização do Trabalho decorrente da Terceirização
A partir dos informes sobre os acontecimentos nos campus presentes ficou claro que o processo de precarização e intensa repressão se dissemina na totalidade dos campus da Unesp. Os problemas que ocorrem no campus de Presidente Prudente se iguala pelos demais. Foram relatados perseguições, ameaças e aberturas de processo de sindicância. O que vemos é um período de ataques aos estudantes que se propõe a questionar e lutar por uma universidade democrática, na prática.
Nos deparamos, atualmente, com uma universidade excludente, que priva a classe trabalhadora do acesso ao conhecimento. Prova disso é que cada vez mais é restrito o acesso a subsídios como : Moradia Estudantil, Auxílios e Bolsas. Neste ano a moradia estudantil de Prudente se insere numa realidade de super lotação frente a falta de apoio, por parte da direção, aos alunos economicamente carentes.
A precarização ocorre por todos os lados. A mais nova forma encontrada é a tercerização dos funcionários. A terceirização prolonga a jornada de trabalho, impossibilita um plano de carreira e deteriora a saúde dos trabalhadores. Na Unesp a tercerização se encontra mais avançada em alguns campus e vem ocorrendo de forma gradual, porém consistente, no campus de Presidente Prudente, onde dois discentes já contam com funcionários terceirizados.
Nos campus experimentais de Ourinhos e Rosana são vários os problemas (muitos parecidos com os de Prudente). Falta de professores, de estrutura e repressões constantes. Não há Moradia Estudantil e os recursos para a garantia da permanência estudantil são mínimos.
Estamos inseridos em uma universidade que tem como projeto a privatização do ensino público, a deterioração das relações de trabalho e a restrição do ensino à classe trabalhadora. Aos que lutam por um modelo de universidade público, democrático e de qualidade são instituídas repressões que tentam calar os que se indignam.
Frente a esta realidade que é comum a todas as universidades estaduais, inclusive na Unesp, convocamos todos os estudantes e trabalhadores da FCT Unesp a construir uma universidade pública, de qualidade e fundamentalmente democrática.
Se os ataques ocorrem de forma unificada e igual por todos os campus, cabe a nós, estudantes e trabalhadores, nos unirmos e respondermos igualmente unificados.
PARTICIPEM E CONTRIBUAM NA CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL, REALIZADO POR TODOS OS ESTUDANTES.
D.A. 3 de MAIO